Tudo estava indo muito bem. Dormi até mais tarde, almocei, vi TV. Tomei a dosagem certa de café. Entrei rapidamente na internet. Estava tudo tranquilo. Até eu resolver tomar banho. Chego no banheiro, toalhinha na mão, e me deparo com a maior bagunça dos últimos tempos. Vidro embaçado, secador fora do lugar, roupas (ah! quantas roupas!) espalhadas por todos os cantos do minúsculo cômodo... são meias, calça, tênis, camiseta, tudo nojento e cobrindo o chão. A transformação relâmpago de "ambiente esterelizado propício para banhar" e "zona de guerra" só pode ser explicado pelo fenômeno Irmã-Caçula-Tornado, que havia usado o local apenas algumas horas antes.
Tarde demais para desistir, pratico saltos olimpicos até chegar ao box, na esperança de um banho agradável. Não funcionou. Não existe "meio-incômodo". Uma vez incomodado, não há como voltar ao normal em questão de minutos. Lá estou eu, rodeada por fumacinhas de vapor e tudo, TUDO, começa a me irritar. Não aguento as manchas na minha perna, não aguento o machucado no meu pé causado por uma sandália assassina sem consideração, não suporto minhas unhas roídas, meus olhos míopes, minha boca, meu enorme nariz (que nem é tão grande assim), meu cabelo que só pensa em cair, cair, cair. Meus ataques de tosse, meus enjôos constantes, minhas olheiras... tudo, tudo está errado. Sinto uma coceira estranha que começa no meu cotovelo esquerdo e segundos depois já se espalhou para meu braço inteiro. Então pego o sabonete e esfrego meu braço, esfrego para ver se "limpo" a sensação, esfrego até o pobre coitado quase cair. Mas também não adianta, então jogo no chão o sabonete com sua fragrância nauseante de uma flor ordinária qualquer e abro toda a torneira de água fria para ver se alivio o sentimento de (literalmente) querer trocar de pele. Funciona um pouco. Consigo pelo menos terminar o banho. Agarro minha toalha, saio do banheiro, deito na minha cama por o que parece ser uma eternidade até acalmar um pouco os nervos. Levanto, sento na frente do computador e começo a escrever.
Tarde demais para desistir, pratico saltos olimpicos até chegar ao box, na esperança de um banho agradável. Não funcionou. Não existe "meio-incômodo". Uma vez incomodado, não há como voltar ao normal em questão de minutos. Lá estou eu, rodeada por fumacinhas de vapor e tudo, TUDO, começa a me irritar. Não aguento as manchas na minha perna, não aguento o machucado no meu pé causado por uma sandália assassina sem consideração, não suporto minhas unhas roídas, meus olhos míopes, minha boca, meu enorme nariz (que nem é tão grande assim), meu cabelo que só pensa em cair, cair, cair. Meus ataques de tosse, meus enjôos constantes, minhas olheiras... tudo, tudo está errado. Sinto uma coceira estranha que começa no meu cotovelo esquerdo e segundos depois já se espalhou para meu braço inteiro. Então pego o sabonete e esfrego meu braço, esfrego para ver se "limpo" a sensação, esfrego até o pobre coitado quase cair. Mas também não adianta, então jogo no chão o sabonete com sua fragrância nauseante de uma flor ordinária qualquer e abro toda a torneira de água fria para ver se alivio o sentimento de (literalmente) querer trocar de pele. Funciona um pouco. Consigo pelo menos terminar o banho. Agarro minha toalha, saio do banheiro, deito na minha cama por o que parece ser uma eternidade até acalmar um pouco os nervos. Levanto, sento na frente do computador e começo a escrever.
2 comentários:
Nossa, tinha a impressão que você morava sozinha e tal.
Tem dia que é foda, talvez esses são os mais criativos pra escreve. Hoje é um dia bem amargo pra mim tambem, to sentindo que vai nasce um post novo.
=]
beijo
uma semana zen ai pra ti
Camilinha, meu bem. Vai sair conosco Sábado. Vai ter um jantar cachaçal na casa da Larissa. Chame e a Gabi e a Bruna. Ficarei ofendido se não comparecerem. Todos precisamos disso.
Fique bem.
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