sábado, 27 de outubro de 2007

Good things happen...


Para compensar, hoje o dia está sendo esplêndido.
Acordo as 8:15 da manhã com uma ligação de meu pai. Embora o horário me revoltou, ele trouxe boas notícias, o que valeu o meu despertar. Levanto, admiro o sol em minha sacada. Faço café, tomo-o, ponho biquini, vou para praia. Meus planos de um bronzeamento solitário com apenas Saramago para me entreter são interrompidos quando fui avistada por amigos. Papos e cerveja matinal fazem muito bem para a alma. Um pouco mais tarde recebo uma sms que me faz sorrir. Vou para casa, tomo banho, "brinco" no computador. Um grande amigo meu de uma cidade próxima telefona dizendo que virá me visitar. Foi o suficiente para eu ligar para o máximo de balnearenses/itajaienses possíveis e planejar um "big get together".

E é isso. Isto está ficando muito "querido diário". Parei já. Aliás, só fiquei com vontade de escrever o paragráfo acima para confirmar minha tese: Good things happen on the 27. Então tá aí.

quinta-feira, 25 de outubro de 2007

Young (oh so young...) Americans

Sabe, tem dias que nada dá errado. Ok, um céu nublado e chuvinha rala não são exatamente sinônimos de "dia bom". E você levantar cedo só para perder o ônibus que passa perto da sua casa e ter andar uns 12 quarteirões até chegar no OUTRO ponto que é onde passará o OUTRO ônibus para te levar para a faculdade também não é legal. E você chegar na faculdade meia hora atrasada e se deparar com uma aula de história da arte na qual todos estão finalizando seus trabalhos de ARGILA e serão liberados em questão de minutos também não é lá tão animador. Ainda mais porque você tem um puta artigo cientifico para escrever e ainda nem começou direito. Bueno. Mas um toque de bom humor é o suficiente para rir de todos esses acontecimentos perturbadores, transformando-os em uma grande piada que só terá graça para jovens universitários que se metem em situações semelhantes de tempos em tempos.




Pois bem, hoje eu tenho tudo menos bom humor. Quero dizer que é porque não dormi direito a noite, ou que é ressaca de alguns ocorridos desagradáveis de ontem, ou que, ao contrário da senhorita Shirley Manson, eu não sou só feliz quando chove. Mas o fato é que sou uma garotinha mimada e acomodada, que não aceita perder, que tem medo de ganhar, que sofre com antecipação mesmo sabendo que não tem motivo nenhum para sofrer. Tudo que eu quero fazer agora é esquecer de tudo e todos, levar uma bela martelada no crânio que apague qualquer vestígio de lembrança dos últimos dias e ficar pulando na minha cama ao som de "Young Americans". No repeat. Mas nada disso é possivel, até mesmo a parte da cama, visto que o teto do meu quarto é um pouco baixo, impedindo tais travessuras. Acho que o jeito é enfiar minha cara nos livros didáticos e acabar logo o tal do artigo. Ouvindo Bowie, evidentemente, pois isso eu posso fazer. No repeat.



"Gee my life's a funny thing, am I still too young?"

terça-feira, 23 de outubro de 2007

Cause and Effect



"You seem to forget
Just how this song started
I'm reacting to you
Cos you left me broken-hearted
It's just that you can't just take the effect and make it the cause..."



Ai gente, Icky Thump é bom demais. E olha que eu pensava que os White Stripes não podiam melhorar.

domingo, 21 de outubro de 2007

Citação


"Gosto de muitas coisas ao mesmo tempo e me confundo inteiro e fico todo enrolado correndo de uma estrela cadente para outra até desistir. Assim é a noite, e é isso que ela faz com você, eu não tinha nada a oferecer a ninguem, a não ser minha própria confusão."
- Jack Kerouac, em On the Road

Fui encarregada da seguinte tarefa pela senhorita Larissa Guerra:

1ª) Pegar um livro próximo (PRÓXIMO, não procure);
2ª) Abrir na página 161;
3ª) Procurar a 5ª frase completa;
4ª) Postar essa frase em seu blog;
5ª) Não escolher a melhor frase nem o melhor livro;
6ª) Repassar para outros 5 blogs.

Admito que pulei os passos 3, 5 e 6, haha. Mas não foi minha culpa. O livro que POR ACASO estava aqui do lado era On the Road. E a melhor frase do livro (na minha opinião) POR ACASO está na página 161 (na ediçao da L&PM Pocket). Eu não poderia desperdiçar a oportunidade de postá-la aqui, mesmo sendo a segunda frase completa (tá, e são duas frases, mas uma complementa a outra). Ok, baby, mission accomplished. Em parte, pelo menos. haha

sábado, 20 de outubro de 2007

Detalhes

Nada disso faz sentido. É apenas uma loteria aleatória de tragédias insignificantes e saídas de emergência. Então eu procuro prazeres nos detalhes.
- Troy Dyer, sobre a vida

Sabe os detalhes?
Calos nos pés depois de uma noite de festa
Deitar na grama com os amigos para rir da vida
Rir até doer a barriga
Dançar ao som daquela música, seja em uma boate lotada, seja na privacidade de seu quarto
Guardar lembrancinhas de eventos memoráveis
Rever um filme esplêndido
Beijar ao som de New Order
Pintar as unhas do pé enquanto assiste à final do Celebrity Poker

E todas as pequenas coisas que proporcionam um leve sentimento de bem-estar, que se fundirão com a regularidade da rotina se não pararmos para celebrá-las de vez em quando. Ah, hoje estou tão feliz.

quinta-feira, 18 de outubro de 2007

Ta-Dah


Deu-me uma vontade louca
De fazer a minha fama
Ouvindo Scissor Sisters
E dançando de pijama.

quarta-feira, 17 de outubro de 2007

Apego


Meu celular é louco, meu povo.

Quem já ouviu falar que cachorros incorporam as características do dono? Bem, tenho a total convicção que o mesmo ocorre com aparelhos eletrônicos. O da minha mãe as vezes "esquece" de exibir mensagens ou gravar o número de quem liga. O do meu pai sempre dá sinal de ocupado, mesmo quando ele não está na linha. E o meu simplesmente não apaga SMS. É sério. Eu aperto a tecla correspondente ao "delete". Ele me pergunta se realmente quero apagá-la. Eu repondo que sim. Ele me diz, ok. Ai a tela volta ao menu principal e tudo aparenta estar em ordem... mas na verdade o danadinho escondeu a mensagem em alguma pasta oculta do chip que eu só tenho acesso quando a caixa de entrada entope. É como se ele tivesse medo de soltar, medo de perder, medo de um dia esquecer as palavras e símbolos que compunham os recados destinados a sua dona. Esta, por ser a pessoa mais apegada ao passado que conheço, recrimina seu aparelho apenas de leve. Afinal, ela também tem uma caixa escondida embaixo da cama cheia de bilhetes e cadernos e trabalhos escolares e pulseirinhas de plástico e tampinhas de garrafa e ingressos de shows antigos e passagens de ônibus usadas e convites de festas e cartões de aniversário que simplesmente não consegue pôr sumiço.

Crime Perfeito


I've been a bad, bad girl.
Hoje eu matei aula para ir à praia. Até aí, tudo bem. Meu crime maior, senhores e senhoras do júri, foi considerar, por uma fração de segundo, levantar-me da cama quando meu despertador tocou para me aprontar apressadamente e pegar o ônibus das 7:30 até a faculdade. Sorte que meu bom senso gritou mais alto, e eu agarrei meu travesseiro e dormi mais um pouquinho.

Tem dias, minha gente, que simplesmente não podem ser desperdiçados. Isto não é discurso de uma filhinha-de-papai despreocupada com o dinheiro, esforço e tempo investido em sua educação, nada disso. Mesmo porque eu raramente falto as aulas. Acontece que não é sempre que somos presenteados com um céu de nuvens perfeitas em tamanho, quantidade e espessura, as quais escondem o sol por um intervalo de tempo ideal para refrescar o clima, sem causar frio. E não é sempre que a brisa marítima é suave o suficiente para esfriar a areia, sem que um grão sequer salte do chão e caia nos olhos.

Então, meu traje usual de calça jeans e camiseta foi substituído por biquíni verde e havaianas. A carteira escolar que geralmente acomoda meu corpo cedeu o lugar para uma canga colorida. E troquei meu cafezinho das 10:00 por uma água de côco geladinha. Enquanto fiquei estirada na areia, abraçada por raios solares, tive o prazer de observar uma menininha de maiô rosa fazendo piruetas, um casal de turistas tirando fotos, um vendedor ambulante sentar subitamente no chão para admirar o mar, um pai construindo um castelinho de areia com seu filho. No mais, foi uma manhã muito produtiva. Não é sempre que se pode dizer isso.

terça-feira, 16 de outubro de 2007

Coma Brócolis


Estava conversando com uma tia minha de Belo Horizonte sobre essas coisinahs banais da vida. Entre um acontecimento contado e outro, mencionei algumas atitudes que eu tive em relação a uma situação desagradável que ocorreu recentemente. Visto que agi de forma totalmente atípica, ela ficou preplexa, e perguntou se eu estava bem.

"Sim, estou," respondi.
"Mas você está feliz assim?" ela continou.
"Ah, não. Isso seria demais também."
"Como você pode estar bem, então?"
"Ah, sinto que o que eu fiz foi saudável."
"Tá, mas o saudável geralmente é agradável..."
"Não necessariamente. Você não come brocolis? Desde quando que brocolis é melhor pra alma que batata frita ou chocolate? Mas faz bem."

Ela riu de meu exemplo e mudamos de assunto.

Essa histórinha serve pra eu resumir tudo que ando fazendo ultimamente. Estou saudável demais para o meu gosto. Estou lendo Dostoievski, porque é "bom". Estou evitando conflitos familiares, porque é "bom". Estou economizando dinheiro, porque será útil no futuro. Não estou bebendo tanto quanto no passado, estou lembrando de ligar a "seta" quando dirijo, saio com um casaco na mão, arrumo a cama, desligo o computador quando termino, assisto ao jornal. E que porre! Pode-se argumentar que a saúde corporal influencia a saúde da alma, mas eu discordo. Alma e corpo são coisas completamente diferentes, assim como alma e mente. Milan Kundera concorda comigo, portanto encerro minha defesa. Estou com saudades da Mord neurótica, bebuna, com tendências auto-destrutivas de antigamente. Alguém sabe onde ela tá?

Ah, sim, foi ao mercado comprar brocolis pro almoço.

segunda-feira, 15 de outubro de 2007

Deckchairs and Cigarettes


Bem, aqui estou eu, na frente do computador, pronta para explicar os motivos deste blog e o porquê de seu título e descrição. Começarei com a segunda tarefa, visto que é mais facil justificar. Título: Música da banda irlandesa The Thrills com o mesmo nome. Esses tais de The Thrills são as coisinhas mais chuchuas e foram meus companheiros sonoros de 2005 ("melhor ano da minha vida", na teoria). Guardo um amor imenso pela banda não só por suas melodias e letras, mas por sua história - os meninos decidiram que queria montar um grupo musical, mesmo sem saber tocar os instrumentos; mudaram-se para Califórnia, onde moravam juntos e incorporaram o real significado de "ter uma banda"; gravaram discos e alguns de seus trabalhos até apareceram na trilha sonora de seriados e filmes. É esse espírito de liberdade, de "tôafimdefazeralgodiferentebeijotchau" que me cativa de uma forma diferente dos demais artistas que ouço e adoro. Portanto, nada mais justo que incluí-los neste blog. E a descrição, bem, é uma tradução chula feita por esta que vós fala de uma parte de uma música do Morrissey e a tal dos Thrills.

A razão de ser deste blog, agora: graças aos meus amadíssimos parceiros do 33pp, ganhei uma passagem de ida e volta ao mundo dos Bloggeiros, sem validade, sem data de retorno prevista. Acontece que gostei tanto da brincadeira que não sei se quero voltar. E percebi que estou em uma fase um tanto conturbada, marcada por neuras e nóias típicas de uma desmiolada como eu, cujos efeitos colaterais mais comuns são pencas de pensamentos aleatórios que precisam ser relatados de alguma forma, para uma posterior análise da Camila Beaumord desta época. Não sou pretensiosa ao ponto de acreditar que meus surtos são de interesse coletivo, haha, mas creio que daqui alguns anos eu digitarei o endereço deste blog e darei uma lida em tudo o que escrevi e conseguirei arrancar boas risadas ou ao menos um sorriso tímido da Camila-do-futuro. Até lá, quem tiver vontade dar uma espiadinha na minha cabeça, seja bem vindo! Quem sabe você até aprende algo sobre música, arte, literatura, cores de esmalte, tratamentos contra a ressaca, filmes, viagens, tonalidades de batons vermelhos e outras coisas que constituem o universo Mord.