quinta-feira, 17 de julho de 2008

I didn't want to wake you up

Quem nunca se sentiu assombrado, nunca amou de verdade. Fantasmas existem, sim, só não são transparentes e nem fazem "boo!". São mais sutis que isso, têm um pouco mais de classe. Ficam escondidinhos em uma fotografia antiga ou em um trecho de livro até a hora de atacar. Aí aparecem de repente, fazendo a vítima perder a compostura e agir de forma inconvencional.

Malditos fantasmas e suas aparições surpresas. Suas visitas são insuportáveis e ultrapassam todo e qualquer limite proposto por normas de condutas sociais. É incabível alguém que chega de manhã e fica pro jantar. Do dia seguinte. "Paz" não faz parte do vocabulário desses monstrinhos. E basta um sinal, um telefonema, carta, sorriso, gesto para desencadear uma corrente de lembranças que atormentam até o mais insensível dos seres humanos.

E eu, que de sensibilidade tenho para oferecer, dar e vender, sou ímã perfeito de assombrações.

quarta-feira, 16 de julho de 2008

New round

Sei que é estúpido, sei que é burro, mas quem se lembra daquela historinha do Rolex do Luciano Huck? Eu, vagamente. Lembro-me da polêmica. Lembro-me do espírito Robin Hood do ladrão e da controvérsia que veio com isso. Lembro-me da reação de Huck, que na época considerei insensível e idiota. E o espetáculo organizado pela mídia para que o desenrolar da história durasse uma eternidade cansou minha beleza tanto quanto a ultra-exploração do tal Caso Isabela (Isabella?)

Pois bem, no final das contas, sei que foi uma história de oportunismo. E o que deveria ter servido de lição para muita gente (inclusive eu, que nem prestei atenção direito nos fatos) é que sempre tem alguém tentando tirar proveito de algo que não lhes pertence. Sempre tem alguém que acha que o tal do "cada um faz sua parte" não é suficiente e espera que o outro lide com todas as consequências. Por fim, sempre tem uma vítima e sempre tem um egoísta, em qualquer história, e nem sempre é a vítima que tem razão.

A relevância de minhas reflexões com o Caso do Menino Luciano só fazem sentido na minha cabeça e eu tenho plena consciência disso. Não estou com muita vontade de esclarecer meus pensamentos. Quem quiser saber o que aconteceu hoje, pode perguntar. Talvez eu responda, talvez não. Não é uma história muito interessante, muito menos agradável, portanto quem não obter resposta não estará perdendo muito.

sexta-feira, 11 de julho de 2008

A Lady of a certain age

Quem diria, senhoras e senhores, que a adorável publicitária que vós escreve completa hoje mais um ano de vida. Nem eu acreditei - levei um susto quando vi que minha idade no orkut mudou para 21. Mas cá estou, mais coroa, mais velhota, mais caduca... definitivamente mais sábia e muito mais feliz. Não sei se é empolgação da data ou da "festa" que me aguarda ou das (muitas!) demonstrações de carinho que recebi o dia inteiro, mas estou tão contente. E a data mais bela do ano (vai dizer? 11 do 7, ó que coisa linda!) nem acabou. Acho que finalmente cheguei em um ponto em que sei exatamente o que sou e o que quero ser. Que esta sensação de segurança dure até, pelo menos, o próximo aniversário.

sábado, 5 de julho de 2008

Discipline

Disciplina é uma virtude e uma sina. Disciplina é cumprir horários, prazos, deadlines e afins. Disciplina é se concentrar em uma atividade e não se distrair com mais nada até terminar de efetua-la. Os disciplinados não acreditam em procrastinação. Os disciplinados vivem na terra e não nas nuvens.

Deus me deu um cérebro e, para compensar, amaldiçoou-me com uma (over)dose de preguiça. Eu tenho o dom de deixar as coisas importantes para a última hora, sempre. Quem conviveu comigo durante estas semanas diria que eu teria aprendido minha lição, que eu teria compreendido que datas de validade existem para um motivo, mas não. Deus me deu um cérebro e me amaldiçoou com uma cegueira para meus defeitos.