sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

The promise

Eu acho interessante o conceito de "promessa". O sr. Aurélio define o ato de prometer como "Obrigar-se verbalmente ou por escrito a fazer ou dar alguma coisa; comprometer-se". É engraçado como este comprometimento tem se tornado algo tão banal, quase inútil com o passar do tempo.

Esses dias encontrei com um velho amigo. Desses assim que uma vez foi algo mais que um amigo, se é que deu para entender. Colocamos o papo em dia, ele me informou de seus planos para o verão, e se despediu com a promessa de me ligar.

- A-hã, tá bom. [cara de dúvida]
- Claro que te ligarei! Não acreditas mais em mim? [cara de espanto]
- Não leve a mal, querido, não acredito mais em ninguém.

E é verdade. No mesmo dia encontrei minha "caixa de lembranças" na qual guardo todas as evidências dos meus amores passados. Cartas, bilhetes, recados... todos assinados com um juramento de amor eterno. Não que eu perdi meu tempo levando tais declarações a sério (tem coisa lá dos meus 12 anos!) pois sempre fui cínica nos assuntos do coração. Há apenas uma exceção nessa minha trajetória de não-romantica, em que sinceramente acreditei ter encontrado o tal "homem da minha vida", só para descobrir anos depois que era tudo coisa da minha cabeça. Ou parcialmente coisa da minha cabeça.

Enfim, acho que o que quero dizer com isso tudo é que gostaria de viver em um mundo livre de promessas. É difícil (para não dizer impossível) cumprir nossa palavra sendo que estamos todos em constante mutação; crescendo, aprendendo, mudando de opinião na velocidade da luz. É a tal metamorfose ambulante que um certo alguém já até compôs a respeito. Mas por mais que eu me comporte como se juras alheias não mudassem em nada meu cotidiano, sempre tem aquela pontinha de alegria que me espeta quando ouço palavras doces, seguida por uma vontade exuberante de acreditar em cada uma delas.

A segunda definição de "prometer" é: "Dar esperança, ou mostrar probabilidade de."
Pois então.



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Nota paralela:
A viagem foi ótima, post a respeito quando/se estiver com cabeça para elaborá-lo.

4 comentários:

Everson disse...

Eu acho que a simples existência de um conceito de "promessa" é algo extremamente maléfico, também. Eu pefiro não acreditar em promessas e não ter que prometer nada a ninguém. Só que as pessoas esperam promessas. Elas esperam esse comprometimento. Os seres humanos tem essa necessidade inexplicável de estar "esperando".

A vida é um treco muito incerto, meu humor mais incerto ainda. Nunca sei o que vai acontecer amanhã (e prefiro nem pensar nisso, na verdade, o futuro que se dane) e a obrigação de ter que se comprometer (e depois cumprir) é algo extremamente desagradável.

Em uma nota não relacionada, eu faço a cópia do CD pra ti sim, babe. Só preciso arranjar um, porque os meus acabaram. Vai ter aquela cervejada hoje merm? Se tiver, levo pra ti.

Beijo!

Anônimo disse...

Honey, acredite, eu estou bem.
Tirei um fardo das minhas costas e hoje é um dia bacana.

E promessas, são promessas. Eu já prometi algumas coisas, nunca fidelidade. E o que eu prometi, sempre cumpri. Não pela expectativa da pessoa, mas pela minha cabeça que não descansa enquanto eu nao estiver com tudo feito.

Beijos

Anônimo disse...

A gente vive de promessas. E eu acho até que não prometer nada, ou não acreditar em promessas é uma forma de temer a vida.

Fui mal no vestiba, fiz todas as cagadas possíveis, só um milagre pra eu passar!
Ah, pra ir buscar o par de asas minha bio-mãe tem que topar (me dar grana e tals). Em janeiro, quem sabe... Veremos!

beijo chucha
:*

By Ana D disse...

Promessas e juramentos já perderam tanto de sua força...As minhas poucas promessas, raramente as faço, cumpro ! Quanto ás promessas alheias nunca cobro ou me decepciono, porque parto do princípio que não serão cumpridas...rs...Assim fica fácil .