terça-feira, 20 de maio de 2008

I'm waiting for the man

Descobri hoje que existem três coisas na vida as quais eu simplesmente detesto: aulas monótonas, atalhos frustrados e falta de controle dos sentimentos. Aulas monótonas porque, bem, quem gosta de ficar ouvindo professor falar e falar e falar em plena terça-feira-véspera-de-véspera-de-feriado? Não funca. E pior é que é uma aula que geralmente não me incomoda tanto... mas enfim, catei minha bolsinha e saí fora depois de assinar a maldita lista de presença. Devido a minha revolta com as instituições de ensino superior deste país que contribuem pra falta de emoção das minhas manhãs, acabei pegando um ônibus que não é o meu usual e, consequentemente, parando em um ponto que não é perto de onde moro [nota: gente que mora em Balneário Camboriú não tem a mínima noção de distância. Tudo aqui é perto. Portanto o ponto em que parei é relativamente perto da minha casa. Mas visto que sou incrivelmente mal-acostumada e "perto" pra mim é a distância da porta da frente até o elevador, o ônibus me deixou praticamente no fim do mundo]. Então lá estava eu, andando pela city, quando decidi pegar um atalho. Detalhe - Balneário é composto de três ruas principais (paralelas umas das outras) e milhões de ruinhas perpendiculares a estas onde ficam as residências. Então não tem erro, cê pega uma avenida e segue reto que uma hora cê chega na sua esquina e dobra para casa. Mas Camila, sendo Camila, resolveu entrar em um zig-zag de pequenas ruas as quais eventualmente a levaram para um beco sem saída. Nem preciso dizer que teria economizado mais da metade do tempo se tivesse tomado minha rota de costume. Tudo bem que daí, bem, onde estaria a aventura da vida? E quanto aos sentimentos, é aquela velha história: eu seria muito mais feliz se tudo ocorresse do jeito que eu quero e sem complicações. Só porque eu sou mimada, claro. Na verdade eu deveria simplesmente relaxar e curtir a semana (que está sendo bem melhor que a anterior, diga-se de passagem) em vez de ficar me estressando tentando decifrar pensamentos alheios, o que, convenhamos, é patético, principalmente quando se trata do sexo oposto, o que, convenhamos, é cansativo demais para a minha beleza.

Um comentário:

Marina Melz disse...

tem duas coisas que eu realmente odeio na vida: aulas de faculdade que, de uma forma geral, não te acrescentam extremamente nada e acabar todos os meus planos de futuro num maldito príncipe encantado que eu sei que não existe, num futuro que eu sei que não vai ser assim e numa cerquinha branca com florzinhas na janela de uma casa que eu sei que não vai ser minha.

De qualquer forma, adoro isso aqui.